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terça-feira, 4 de março de 2014

Meu conceito de família depois do castigo de dEUS!

Quando criança, aprendemos na escola que uma família era composta por um pai, uma mãe, filho(s). Muitas vezes imaginamos que conhecer alguém legal, ter um emprego estável, um lar confortável, ter filhos ‘saudáveis’ seria a receita para a felicidade.
Como naquela música do Kid Abelha, Educação Sentimental II. “A vida que me ensinaram como uma vida normal: tinha trabalho, dinheiro, família, filhos e tal.  Era tudo tão perfeito se tudo fosse só isso. Mas isso é menos do que tudo, é menos do que eu preciso”.
Muitas vezes não entendíamos como algumas famílias do nosso entorno social conseguiam a proeza de serem desfeitas. Assim, era muito fácil culpar e criticar um dos lados, ou os dois pela desestruturação da família nuclear. Era muito fácil propor solução e chamar os outros de loucos.
À essa época, família era uma operação aritmética simples:
Pai + Mãe + filhos = família.
Na adolescência começamos a descobrir um mundo novo. Aquele romantismo nostálgico dá lugar ao mundo real, ao mundo dos relacionamentos, da interação mais efetiva com o sexo oposto. Nesse momento, começamos a perceber que aritmética também tem subtrações, divisões e divisão. Possivelmente não entendamos como usar estes pequenos símbolos.
Primeira paquera, beijo, paixão, namorada(o), fora, decepção. Um turbilhão de sensações para um marinheiro de primeira viagem.
Na idade adulta, depois de algumas experiências negativas + positivas, depois de termos utilizado o modelo que aprendemos na escola, alimentamos em nossos sonhos e desfazemos na vida real, conhecemos um tipo "atípico", para os padrões em que crescemos, de família nuclear tradicional... A família!
E percebemos que, muitas vezes, o tipo de família que conhecemos na infância, hoje já não representa a realidade. Neste ínterim, famílias sem pai, sem mãe, sem filhos estão hoje no modal!
Não acredita? segundo o IBGE, o modelo de família nuclear representa 49,9% dos domicílios, enquanto outros tipos de famílias já somam 50,1%. Esta maioria é composta por casais sem filhos, as pessoas morando sozinhas, três gerações sob o mesmo teto, casais gays, mães sozinhas com filhos, pais sozinhos com filhos, amigos morando juntos, netos com avós, irmãos e irmãs, famílias “mosaico” (a do “meu, seu e nossos filhos”).
Agora que crescemos conhecemos as dificuldades de se construir e manter uma família nuclear unida. O que nos resta? Viver com nosso próprio conceito de família:
O pai solteiro com seu filho(a,s); A mãe solteira com seu filho(a,s); O homem solteiro com os pais; O homem solteiro morando só; A mulher solteira com os pais; O mulher solteira morando só; O casal com seu filho(a,s); O casal sem filho(a,s). O homem sozinho; A mulher sozinha. Ou qualquer outro modelo não linear.
Neste momento, descobrimos que o conceito de família feliz, somos nós que construímos. Temos pouco mais de 70 anos em vida para alcançara felicidade.

Do jeito que for, da maneira que for, ser feliz é o que mais nos importa. Fazer nossa família feliz é o que mais nos importa. Seja ela composta por segundos, terceiros, papagaio, cachorro... Enfim, buscar a felicidade para si e dar a oportunidade de ser feliz a quem está ao seu lado persistindo e te apoiando independente das circunstâncias.