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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Como Gessinger já dizia

Mesmo minha vida sendo um livro entreaberto (condição natural da vida sociedade)... 

Inda costumam julgar um livro pela capa! 

Mesmo tendo Gessinger cantado o fato de existir 'tantas formas de se ver o mesmo quadro', 

No fim das contas, carregas em seu fúnebre olhar a indiferença estúpida de um cego e o ar indolente de um chinês idiota!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

(...)


Universidade Federal de Alagoas
Centro de Educação
Primeiro andar, Sala 208
15 de outubro de 2009
9:24 minutos da manhã
(...)

domingo, 14 de outubro de 2012

Cacos Inconexos de um fantasma

Você Pode Ir Na Janela

Gram

Limites entre a razão e a loucura na (des)construção do sofrimento psíquico


Não sei ao certo sobre os conflitos psíquicos. Existem situações impostas pelas limitações da nossa mente, na qual lutamos para ameniza-las, sabendo que a cura não é algo provável. Noutras situações, lutamos contra uma disposição em nossa mente, imposta por nós mesmos, para nos proteger em determinada situações. Entretanto, em ambas as situações estamos em conflito com nós mesmos: egotrip. acredito que este tipo de conflito seja necessário para cada ser humano. Mas, deveria ser mais fácil por se tratar de nós mesmos. Entretanto, viramos apenas sombras de nós mesmos, cacos inconexos de uma personalidade oculta, onde a linha entre a  loucura e a sanidade é tênue, muito tênue mesmo. Todo dia sonhamos, temos pesadelos e vivemos as duas faces em nossas ironias vidas. Um turbilhão de sensações, de impressões, que nos aliena do óbvio, da razão e da emoção e nos joga para um nirvana psíquico, onde ninguém, nada ou alguém te ouve, te escuta, te compreende, te entende... te dá razão, ouvidos, um minuto de atenção! Vemos soluções simples em poder de alguém tão próximo a nós, mas nossa loucura causa embaraço, miopia e transforma-a em nosso pior pesadelo: o médico e o monstro! Quem pode te dar é o mesmo que pode te tirar... embaraçoso isso. A falta de um espaço para explodir, para evacuar pensamentos, palavras, duvidas, anseios, medos, pesadelos, sonhos e constructos, nos implode por dentro, nos amarra as entranhas dos nossos maiores temores e num instante estamos com a cara embriagada no espelho do banheiro! Ou ao nosso quieto, monótono espaço de singularidades: nosso quarto, a lanterna dos afogados. Dai entendemos que, o estado de loucura momentânea, as vezes, torna-se necessário nessa construção pessoal. De perdas e ganhos é constituída. Ninguém é substituível, sempre fica a falta que alguém deixou... é medida pelos momentos de felicidade, nossa é feita de faltas, algumas delas faltas inesperadas, imensuráveis... Essas faltas deve ser o alimento para buscar na vida horizontal ou vertical, como bem entender, preencher outros espaços, outras vidas, outras emoções. Não é simples fato de zona de conforto, não se trata disso. Trata-se apenas de reconhecer no outro a importância de ser alguém. Apenas, não pode tornar-se o primeiro gole de um processo de vicissitudes! Que nossa busca, nosso desejo, nossos amigos e inimigos, nossas paixões e amores, nossa família, Deus e nossas atitudes nos digam até onde podemos chegar!

Fugindo de Mim


O tempo diminui
A vida passa, o tempo passa
As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesmo
De tristeza, de incerteza
Eu vou voando pela vida sem querer chegar
Vivo, fugindo, sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum

sábado, 13 de outubro de 2012

Auto Retrato

Ser interessante, esforçado, inteligente, criativo, engraçado e prestativo só não basta...principalmente quando no fim da noite você está triste e sozinho no seu quarto, com um vinho barato, uma cartela de prozac, 1/2 KG de queijo coalho, uma lata de azeitonas assistindo O Retrato de Dorian Gray!!!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O palco da vida - Caligula de Odisséia


Estava assistindo a uma peça teatral. Mesmo que pela TV fiquei empolgado com tudo ali, sendo protagonizado ao vivo, sendo criada a base dos improvisos nas cenas perdidas. Poxa, que legal. Tão bom é quando na nossa vida, quando não encontramos uma alternativa de solução prevista, improvisamos com soluções criativas e satisfatórias. Mas, percebi que a mídia criticava o fato do surgimento de muitas situações improvisadas. Pessoalmente, achei o maior barato. Mas, os especialistas não. Fiquei pensando comigo, muitas dessas pessoas serão influenciadas por essa visão crítica e logo mudarão seus conceitos sobre a peça. Poxa, que paradoxo com nossas ironias vidas. Sabe por quê? Por que nem sempre conseguimos reconhecer nas pessoas as virtudes que nos fizeram nos aproximar, sermos conquistados e dividir momentos felizes. No ato dos momentos parece tudo perfeito, mas quando a cortina se fecha, a influência falhas coloca à prova todo o brilhantismo improvisado e criativo. Quantas palavras, gestos e doações fazemos diariamente por projetos que acreditamos que serão pra sempre! Mas, às vezes estes tendem a serem descontinuados. Por quaisquer que sejam os motivos, acredito piamente que, não foi à toa que alimentamos um projeto durante o tempo em que nele estivemos inseridos. Não é a toa que investimos de nós mesmos, que nos inserimos nele e fazemos dele nosso constructo. Não foi a toa que naturalmente se construíram momentos inesquecíveis, risadas gostosas, carícias adocicadas, momentos que nos fizeram sentir seres humanos. O bom seria que, mesmo depois de as cortinas terem sido abaixadas, o respeito e o carinho continuassem, afinal de contas, mesmo tendo representado e preenchido uma pequena fração se comparado a toda uma existência, foram momentos que nos protagonizaram deleite, nos fizeram reviver alegrias jaz perdida, momentos inéditos e embates de superação. Assim é o palco da vida, não precisamos esquecer uma cena, uma peça, tampouco seus protagonistas. Lembrar dos erros na atuação: pra que, se quando no palco estivemos o que nos fizeram felizes foram os momentos perfeitos?

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Psicoterapia

Eu vou pagar a conta do analista pra nunca mais ter que saber quem eu sou (Cazuza - Ideologia)

Deveria


Deveria


Fujo de mim



Sara - Starship


(Hey Sara) Love me like no one has ever loved me before?


(And Sara) Hurt me, no one could ever hurt me more?                                                                                          


...  Why did it, why did it all fall apart?

Segredos


Inquietude


Quantas guerras terei que vencer 
por um pouco de paz?!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Fantasma


Os fantasmas existem, estão em nós, estão ao nosso redor, somos nós, estão logo ali em Veneza... Está nos meus olhos que olham dentro de você e percebe a constância de sua presença em você, não mais que em mim. Talvez por isso, esteja eu diferente, achando as coisas tão estranhas ultimamente. Não que nada esteja no lugar errado! Não que nada esteja no lugar certo! Louco me acusavam, mas ele estava lá, ele esta aqui, ele estava ali. Mas, apenas a possibilidade de sua presença amaldiçoa meus passos, minhas palavras, meus pensamentos. Sem esse fantasma, minha vida poderia ser quase completa, seria poeta, continuaria não tendo um vintém, mas estaria em liras à estrela dos meus cândidos amores. Mas, o fantasma nada mais é que minha criação: alimentá-lo ou deixá-lo passar fome? Dependeu de mim! Tornou-se, de julho a outubro, o monstro que ajudou a destruir-me. Criei-o, ao invés de tê-lo matado. Mesmo distante, presente em espírito. Ausente, mais presente que eu. Vi este sinais deste fantasma nas noites de inquietude, nas noites em que teu silencio me atirava a um poço de pensamentos improváveis. Senti-o, pela primeira vez na mensagem subliminar de uma borboleta em um relógio. A borboleta, sinal da teoria do caos.  Relógio sinônimo da passagem das eras, das mudanças. Na conversa tola de outrem, na malicia ingênua e na expectativa do príncipe encantado no cavalo branco... Não, este fantasma nasceu da minha ausência, da falta que ficou na minha ausência. Nem sabia que fantasmas existiam, não soube que era vulnerável a fantasmas. Este fantasma não sabe ser amigo ou inimigo. Mas, me trás medo, me dá arrepios. Torna-me garoto, mais imaturo que o sou. Torna-me a carne pútrida comida pelos abutres. Eu nunca tive medo do escuro, mas sempre pedia a luz acessa. Agora, tenho medo do escuro e mesmo com luzes acesas, durmo por baixo do cobertor. Ouço seus passos no espaço virtual, vejo suas pegadas nas linhas telefônicas, vejo sua sombra nas mensagens que circulam discretamente em sinais de SMS. Ele me faz perceber minha insignificância e, aos poucos, torna-se o verme que primeiro roe as frias carnes do meu cadáver, roubando minha alegria, meus sonhos e expectativas, meu castelo e minha princesa... Como a noite que esconde as sombras das árvores, nada acontece, exceto o meu medo do fantasma. Bem que o mundo poderia ser alienado dos fantasmas. Como o mundo não tirara de mim este medo dorme com minha mãe em camas iguais minh’alma, pra não ser padecer do coração ao lembrar o fantasma. Mas, o fantasma, me tirou algo do qual jamais voltou. Eu o entreguei algo do qual jamais consegui retomar. Então, tendo como justificativa a existência do fantasma, me perco em meu próprio medo! Quantas vezes acordei pensando desafia-lo no dia seguinte? Quantas vezes pensei em esquecer de sua existência e viver um dia de cada vez? Quantas vezes tentei me convencer de que ele não existia? Quantas vezes tentei me convencer de que ele existia? Quantas vezes pensei ouvi-lo virtualmente? Quantas vezes pensei ver suas pegadas virtualmente? Quantas vezes tive certeza de sua existência. Sua presença custa a minha ausência. Ele nasceu na minha ausência, deixei-o crescer na minha presença! Não é justo. Ninguém consegue ouvir-me, entender meus medos, anseios, duvidas e descrenças. Nem tu, estrela dos meus cândidos amores, me ouves e me entendes. Nem tu me dás um vintém de razão. Do contrário, acusam-me de loucura! Louco, vês fantasmas? És psicótico! Chamam-me de imaturo. Criança, vês fantasma? Cresces e não mais o verá! Atiram-me a frente do caminho uivos de lobisomem, vassouras de bruxas, pegadas de bicho papão e orelhas de papa figo... Por cima, ainda me apagam as luzes e causam ruídos estranhos... Tenho medo! Não estou fugindo por que quero, fujo por medo, por reconhecer-me na figura de pequena significância perante meus medos, perante um fantasma distante. Os deuses não me abençoaram com a coragem dos bravos, não me deram o poder de encantar-te, de prender tua atenção mesmo quando ausente. Como última tentativa de resgatar-te do fantasma, cândida estrela dos meus amores, respira, chama-me, para que saibas que estás viva e aprecias minha coragem idônea. Mexes ao menos um dedo, dás ao menos um suspiro, ao menos um. Trocas à atenção de um semideus pelo amor de um mero mortal! A vida na eternidade é enfadonha. Vem viver comigo o vulto da existência, vem? Triste ou alegre serás amada. Chorando ou sorrindo serás amada. Quem te cuida sou eu, quem chora por ti, sou eu, quem sonha por ti sou eu, quem luta por ti sou eu... Não, ela  dorme, dorme... Tem o espirito quebrantado, a  alma cansada, o espirito contristado. Não me escuta, não se escuta. Muitas vozes calam minha voz, muitas vozes a deixa inaudível. Não se acha em mim coragem de aproximar-me para conferir-lhes vida. Ele é o bicho e eu o mortal. Nascido fui da mera mulher mortal: estou aquém na existência humana. O que me cabe senão, contra minha vontade e, a favor da conveniência dos meus medos, diante de minha insignificância, recolher-me a minha mísera condição e assassinar a estrela de meus cândidos amores? Mísero fantasma, que habitas as extremidades da Veneza brasileira: a ti entrego meu corpo para servir-te de riso, de álibi para com os amigos no píer enaltecer-te por ter-me tomado à estrela dos meus cândidos amores. Dedico a ti, como vencedor, minhas lágrimas de tristeza e solidão, o suor do medo que meu rosto exalou na febre a quarenta graus, meu suspiro de cansaço ao correr para longe de ti e, meu sangue aspergido no chão. A ti, que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico como saudosa lembrança estas Memórias Póstumas.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Palavras de alguém com a indiferença estúpida de um cego e o ar indolente de um chinês idiota – Calígula de Odisseia.




Acordei cedo e logo de cara no meu facebook, um amigo me deixou uma frase postada na linha do tempo - seja em você mesmo a mudança que quereis no outro. Que linda frase, maravilhosa, que verdade. Alem, disso, vai bombar, a galera vai curtir e comentar. Opa, posso bater recordes de aceitação e ser reconhecido socialmente. Então, pensei e pensei - coisa rara de eu fazer - comigo mesmo. Que coisa vazia, palavras e nada mais. Pense bem, Jesus fazia e depois subia o monte pra dizer, Gandhi fazia e depois ia pras ruas dizer, Buda pensava, fazia e depois escreveu. Poxa, precisamos de fatos e atos e não apenas de palavras. Logo sobreveio a seguinte frase - Os estúpidos apenas colocam frases no facebook, os ajuizados postam frases e as praticam, os sábios as praticam sem nada dizer -. Agora sim, acertei. Perae, poxa, de novo, cai no vício das frases!!! Ou seja, justificando as unanimidades de outrem com minha própria unanimidade, que discrepância. Então, estúpido me provei mais uma vez. Xiiii, eu, por outro lado, compartilho de frases que não sei se são certas e que muitas vezes vão de encontro aos meus princípios porque alimentam temporariamente meu ego, ou seja posto elas la no face porque elas me convém naquele momento. Ta certo, posto elas la porque são bonitinhas também, se parecem com minha situação atual e a galera curte. Ai eu curto também e compartilho como se fosse à verdade mais absoluta do mundo. Mas, ao mesmo tempo sempre me esqueço de lembrar que minhas frases podem magoar alguém! Poxa, que coisa confusa. Então devo parar de compartilhar pra não magoar as pessoas. Novamente, confuso me tornei. Nem eu mesmo entendo, só sei que penso e penso, a nada sei, porque continuo compartilhando e escrevendo as mesmas palavras repetidas. Esta tal de linha do tempo torna-se tão extensa que me perco nela mais do que me perco andando nas linhas do meu próprio tempo. Ha, se a vida no facebook fosse semelhante a vida real, estaria eu `com a indiferença estúpida de um cego e o ar indolente de um chinês idiota`! Mas, como o facebook não imita em nada a vida real e é um museu de grandes novidades, estou agora, `com a indiferença estúpida de um cego e o ar indolente de um chinês idiota`! Tenho nada contra os chineses (Sou Afroindigena. Sim e? Tenho nada contra os idiotas (eu me amo, uma paixão um pouco masoquista, admito). Tenho contra os cegos (Afinal de contas, alguém viu algo?). De hoje em diante, não posto mais frases no facebook (Há ta, acredito! Só aqui já são varias unanimidades num único texto)!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Reconstruir




Certo dia, na calada da madrugada, estive encarando a parede e perguntando, como que se a parede fosse me dar resposta alguma: O que significa recomeçar?
A priori pensamos que recomeçar significa jogar tudo fora e começar do zero, será? Isso significa que tudo que foi vivido e com esforço conseguido, de nada mais vale! E não é bem assim, até uma lágrima pode ter um valor eterno de uma aprendizagem. Todo caminho, por pior que tenha sido, deixará a virtude da força, da coragem e da aprendizagem construtiva.
Às vezes as pessoas possuem opiniões formadas pelo cotidiano social e acolhe para si esta opinião, aquelas velhas frases prontas usadas nas redes sociais, nos ditados, nas canções...
- Os homens são todos iguais! Não vale a pena sofrer por alguém! Sofre mais quem mais se entrega!
Podemos analisar ambas as frases de uma maneira simplista e ratificá-las. Mas, podemos também verificar, na nossa experiência íntima, possíveis controvérsias.
Homens nem mulheres são iguais. Não podemos culpar experiências não amadurecidas no amor para fazer uma comparação generalizada. Homens são diferentes, mulheres são diferentes, alguns destes com comportamentos semelhantes. Desilusão amorosa não deve representar a aversão ao sexo oposto.
Cá, comigo, nestas situações compreendo bem a colocação do saudoso Nelson Rodrigues quando enfatizou que TODA UNANIMIDADE É BURRA.
Uma pessoa pode começar a reconstruir sua casa, a partir de simples materiais que restaram da antiga construção, pode produzir uma nova roupa reaproveitando uma roupa antiga: a isso dar-se o nome de sustentabilidade. E mais ainda, o que pode ser visto como entulho ou antigo, na verdade é uma matéria prima valiosa que consegue transcender o tempo e vivenciar a mudança.
Para se reconstruir uma vida não é diferente. Não necessariamente precisamos largar de tudo o que tínhamos, das pessoas, hábitos, atitudes e sentimentos. Na verdade, pra ser sincero, pessoalmente acredito que recomeçar do zero não é desconsiderar tudo o que nos fez feliz e infeliz. A infelicidade nos causa um bem tardio ao nos fazer valer as lições. Os momentos felizes nos servem como motivos a mais para viver, para ser feliz e para acreditar no amor da forma que convém a cada um acreditar.
Choros, tristezas, atritos? Comum na vida a dois! No inverno os porcos espinhos se aglomeram em grandes cavernas... Essa atitude é adotada para que eles estejam sempre mantendo a temperatura corporal uns dos outros. Isto os mantém vivos. Fora daquele ambiente, o frio poderia matá-los. Mas, em consequência, vez por outra um acaba ferindo ao outro.
Portanto, recomeçar! Está além de uma simples palavra, além de uma expressão popular. Recomeçar é acreditar que aquilo que se passou foi importante e, de uma forma ou de outra, doída ou prazerosa, serviu-nos de ponte e nos trouxe até este momento ímpar de nossa existência. Nos fez fortes, um pouquinho experientes, cautelosos, mas jamais retirou em nós a fé no amor, nas coisas, pessoas, momentos, sentimentos que nos fazem bem!
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. O que de nós vale a pena se não tocarmos o coração das pessoas?

sábado, 8 de setembro de 2012

Terminal Rodoviário de Maceió...


Pessoas indo e vindo. Despedidas e reencontros... Sonhos e expectativas que se fazem... Lágrimas de boas vindas e lágrimas de adeus! É interessante ver que a vida seria um encontro se não fosse feita de desencontros!
Mas, cadê a lágrima que desceu? Onde se aquietou? Por quem rolou? Foi de alegria ou tristeza? Um brinde a sua solidão, ela, a lágrima, foi criada na emotividade, na saudade ou na ânsia cristalizou-se, rolou pela face enrugada pelo choro e emocionou ao poeta sentado a mesa, com as pernas atreladas em outra cadeira, com um computador ligado, ouvindo José augusto, tomando uma cerveja barata, a observava-la, ficou sozinha no terminal. Veio o vento, a poeira, os passos certos e os perdidos e a pisotearam... Ela deixou de existir e ninguém a notou, sequer veio à existência foi esquecida e desapareceu com menos brilhantismo do que surgiu. De fato, a vida seria um encontro se não fosse feita de desencontros.


sábado, 1 de setembro de 2012

Você ainda se acha o máximo? É pq ainda não conhece o amanhã...


Estava perscrutando na corrente do tempo em que me encontro neste exato momento. Aprofundava meu pensamento na razão que leva uma pessoa a querer tanto a outra, que dá o direito a esta pessoa de ser essencial em sua vida. É trágico como grandes amores acabam. Romeu e Julieta que o digam. Na vida real o sistema nos molda (universo masculino) a um machismo disfarçado de identidade masculina.

Mas, o mundo real não concebe ensaios. Todo momento é real e consequente. Até que um dia o castelo de areia é sucumbido pelo vento e depois arrastado pela marola da verdade. Dias tão gloriosos, noites tão mulheris transformam-se em  dias inquietantes e noites vazias em um quarto escuro ou com a cara embriagada no banheiro do espelho.

Errar é trágico para a consciência, mas as consequências são destrutíveis a alma e espírito. E um simples perdão, por mais sincero que o seja não apaga tudo o que foi dito e feito, pensado e impensado.

Então, você passa a perceber a real dimensão de sua hipocrisia. Você descobre o quão falso éreis, enquanto nós mesmos definhávamos os hipócritas e faltos de coração. Um coração quebrantado, um amor perdido e nada mais a se fazer. Como um saco de plumas aspergido de cima da torre de um relógio, onde as lumas são espalhadas pelo vento, assim são os pedaços de um coração quebrantado: quem os pode ajuntar?

Perguntamos-nos então, o que se nos apresenta de pior: O sentimento da perda em si? O fato de perder alguém que amamos? A solidão? A consciência do erro? A perda pelo erro? A possibilidade de outrem ter o que outrora tínheis? A possibilidade do desprezo? A certeza do desprezo? O ócio? O momento feliz dos qual você se dá conta de que não está sendo divididos com a pessoa amada? Sua lágrima que não pode ser sentida? Seu choro que não pode ser ouvido? Sua febre não tratada? A porta que abre e que não trás quem você esperava naquele momento? O futuro planejado a dois, mas que a sós não pode ser visto? As pessoas que perguntam sobre vocês e que lamentam o término? Os comentários cruéis que se ouvem a respeito do seu erro? (...)

Pois é, acredito que possa valer a pena acreditar naquilo que faz bem. O imperfeito não participa do passado, nem do futuro. Máquina do tempo? Não, já somos bem grandinhos e perdemos a sensibilidade desses sonhos. Agora, tentar erguer a cabeça, e dar um 180° na vida. 360° não adianta por leva ao local de partida. Seguir o rumo da vida e mostrar a si mesmo, não aos outros. Sim, evidenciar a si mesmo que, um ser humano, quando quer, prova por a si mesmo e acredita nos seus ideais, pode ir onde quiser numa egotrip para ser alguém melhor. O amor muda as pessoas. Seja Phileo, Ágape ou Eros. O amor é um Don divino, mesmo assim, tão poucas pessoas conseguem senti-lo, tampouco demonstrá-lo. Amor não precisa ser como aves de verão, que vem e vão com o solstício. E aqui, por hora, concluo esse pensamento inconcluso esperando outros momentos de eclipse introspectivo.

Fonte: http://oeuqueeuera.blogspot.com.br/

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Nossas irônias vidas

"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas que eu nunca pensei que iriam me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei para proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos,e amigos que eu nunca mais vi. Amei e fui amado, mas também fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, e quebrei a cara muitas vezes! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade, tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas vivi! E ainda vivo. Não passo pela vida. E você também não deveria passar. Viva!Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, por que o mundo pertence a quem se atreve. E a vida é muito para ser insignificante." (Chaplin)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Changes - Black Sabbath


Changes  - Black Sabbath


I feel unhappy, I feel so sad
I've lost the best friend, that I ever had
She was my woman, I love her so
But it's too late now, I've let her go

I'm going through changes
I'm going through changes

We shared the years, we shared each day
In love together, we found a way
But soon the world, had its evil way
My heart was blinded, love went astray

I'm going through changes
I'm going through changes

It took so long, to realize
And I can still hear her last goodbyes
Now all my days, are filled with tears
Wish I could go back, and change these years

I'm going through changes
I'm going through changes



terça-feira, 21 de agosto de 2012

Diálogo entre perdas e ganhos


Diálogo entre perdas e ganhos
Aline Paz & Rafael André
20/08/2012

 “Cismo e padeço, neste outono, quando. Calculo o que perdi na primavera”.    (Remorso - Olavo Bilac)

Mas, o que são perdas? Afinal, o que temos e o que não temos? O que se pode e o que não se pode perder? Nada se tem, porém tudo se perde! Cismamos saber de onde viemos e para onde vamos, mas não conseguimos saber ao menos quem somos. Como poderemos saber o que temos? Se a nós mesmos não encontramos, como podemos nos perder?
Mesmo sendo sujeitos de nós mesmos, de nossa própria compreensão e tendo na vida pouco ou muito conhecimento de nossa identidade, o que por si só já nos se apresenta como condenação, somos quase que incapazes de ser donos de nossas escolhas imediatistas.... Ser, por si só, não significa ter! Não somos o que temos. Tantas e quantas coisas imerecidas. Temos o que somos!
Mais e as escolhas? Se não conhecermo-nos não saberemos os ganhos nem as perdas. Na experiência existencialista, o que temos é a possibilidade de escolher entre o que é certo e o errado, o bom e o ruim, o bem e o mal. A condenação do livre arbítrio, que arbitraríamos em nosso vulto vivencial. Entretanto, sempre nos aparecerão escolhas.
E o bem e o mal, o certo e o errado...? Não se sabe ao certo os caminhos que os levam ou os trás. Mas, tais elementos são pertinentes a índole humana. Se não somos o que temos, e merecemos o que temos: perdemos apenas a falta que ficou. Dentro de cada um existe o certo e o errado, o bom e o ruim. Assumimos estas identidades em ambientes que convém a cada elemento aparecer.
O bom e o ruim, o certo e o errado não são nada mais que tudo aquilo que procede do íntimo de cada ser humano. Sabe, o que parece certo aos nossos olhos, é errado ao outro. O que nos faz bem, causa mal ao nosso próximo. Somos sujeitos apenas de nós mesmos. Sempre para nós, ou por nós. Nunca buscamos o interesse alheio.
Transcender: talvez essa seja a chave! Afinal, dentro de cada homem, lado a lado vive o bem e o mal. E sempre prevalece aquele que nós alimentamos, por instinto. E sempre alimentamos o que nos convém. Mas, a transcendência nos liberta dessa condição!
O bom e o ruim, o certo e o errado não são nada mais que tudo aquilo que procede do íntimo de cada ser humano. Então, transcender a quem ou ao que? A nós mesmos? Sim, concordo. Pode ser uma solução, mas, não devemos esquecer que o ser humano é por natureza egoísta. E esses sentimentos muito bem o sabem alimentar.
Transcender à nossa natureza, à nossa condição... Isto nos torna senhores de si, dos nossos caminhos, de nossas atitudes e de suas consequências, isto nos torna consciente das perdas e ganhos!
Sendo assim, caro amigo, chego a humilde conclusão de que, nem o poeta sabia o que perdia. Sim, pois egoístas como somos, guardamos o que ganhamos. E como perder aquilo que não expomos? Guardamos o que ganhamos nunca contamos ou mostramos, pois somos egoístas se somente eu sei o que ganhei está guardado dentro de mim como posso perder? Eu perco quando espalho!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Há Momentos



"Há Momentos"



Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre."

Clarisse Lispector
Fonte: http://asmaravilhasdomundodealine.blogspot.com.br/

sábado, 11 de agosto de 2012

Pacem Quod Reliquit


Uma ferida? Não sei!
Uma mágoa? Talvez!
Um medo? É o que restou...

De tanto lutar, andar e correr...
De tanto tentar, tropeçar e cair...
Apenas isso é o que me restou:
Um pulmão manchado,
Um coração dilacerado,
Uma febre que não passa,
E uma angústia que, nas noites longínquas,
Teima em visitas inoportunas e desagradáveis.

Tantos planos, expectativas...
Tantos sonhos, projetos...
E o ideal não se cristalizou.

Uma flor não se colhe antes do desabrocho...
Cedo demais casulo borboleta é!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Eu Que Sou - Calígula de Odisséia


A chama que brilha. O germe que escapa do invólucro. O rio que brota da fonte. O ruído que se expande. A veemência ardente do fogo que arde sem se ver. O mar bravio e revolto dos retóricos. O instinto cego oposto à vontade racional. O ímpeto de prosseguir rumo ao fim. A violência psíquica do poeta que suspira por uma donzela sem ao menos beijá-la. A matéria que entra em movimento na busca de uma forma que lhe faça ser e lhe dê sentido. O imperfeito sensível que não carece de mudanças para ser aquilo que é. O imperfeito e móvel que busca, através da mudança, a sua própria essência. O princípio subjetivo do movimento da alma e do mundo automotriz. O desejo da imobilidade, da carência e da privação a perfeição. O desejo de não mover-se que move os seres. O desejo que move o homem na ânsia da matéria indeterminada na busca da forma acabada e sempre inalcançável do amor perfeito. O mísero poeta que não consegue argumentos, atos e fatos que atraiam para si o amor de uma donzela.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Enila


Mulher, mulher...

Quimera de meu ultimo desterro
Etérea Deusa de meus insanos pensamentos

Mulher, divindade física.
Fêmea primaria da criação
Segredo segregado, biótipo de Sophia.

Em teus austeros tempos
Que os anos não os trazem mais
Eram tempos,
Tempos estes que a fibra
Que ao seio enlaça dor vivente
Transcendia da máscula presença
De ti, linda flor, ao rochoso
E gélido coração.

Eu não sei bem ao certo o que houve
Apenas mudaram as estações
E eu também mudei.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Stormy (Classic IV)








Você era o brilho do sol, baby,
Quando você sorria,

Mas eu te chamo de tempestade hoje

Tudo de repentino que existe

A chuva caindo,
E meu dia está nublado e cinza
Você se foi


Oh Tempestade,
Oh Tempestade,
Mande de volta aquele dia ensolarado

O amor de ontem era como
Uma calma brisa de verão,
Mas é como o clima, você mudou

Agora as coisas estão tristes, baby, e está ventando e frio,
E eu fico sozinho na chuva,
Chamando seu nome

Oh Tempestade,
Oh Tempestade,
Mande de volta aquele dia ensolarado

Oh Tempestade,
Oh Tempestade,
Mande de volta aquele dia ensolarado
Mande de volta aquele dia ensolarado

Oh Tempestade,
Oh Tempestade,

(O Eu que Eu era - Calígula de Odisséia)


O timbre que me move é a solidão...
Jaz perdida em um vinho qualquer
Jaz vencida ao solo de uma guitarra
E nas batidas descompassadas de uma bateria arritmada.

O silêncio que me cala é aquele que ao seio fala
E ninguém mais entende exceto meu ego
Quando a boca que me fala exala palavras insensatas
Sensatas ao momento, sábias ao tempo, estúpidas a mim.

O pecado que minh’alma atiça
É o desejo de amar mais o desejo que o objeto desejado
E estar em lábios turvos e não lineares
Nas curvas, nos braços e nas camas das sereias.

A dor que sinto é aquela que cala quando fala
É aquele que é minha e de mais ninguém
É aquela que não existe, mas finjo existir
Pra encontrar a noite comigo mesmo.

A alegria que sinto não é tristeza nem felicidade
Não é a destreza ou a sorte de estar vivo
Ou de ter me isentado da morte até hoje
É algo doudo que nem a pena ou o papel
Sabem dissertá-la por exactas palavras.

Meu amor é a leveza não sentida
Que de tão leve e não sentida
Dão-se por não existente.

Meu coração
É apenas um músculo descompassado e compulsivo
É o medo, é a ânsia, é o sonho e o pesadelo
É a febre, é o sorriso, é a dor de estar condenado a
estar livre!

Eu sou apenas Eu
Que sei existir
Um Eu que mente e quer ser sincero
Um Eu que fere e não quer ser ferido
Que ama e que se apaixona.

O simples e o complicado
O Ariano e o Judeu
A febre que mata e o sonho que traz esperança
A mentira que liberta e a verdade que fere
A violeta que bucólica encanta
E a trepadeira que intrusa a sufoca!