Naquela crise existencialista de início da vida adulta (2005 - 23 anos), parava e me questionava:
- Qual o sentido da vida?!
Ter estabilidade financeira como servidor público, 'fazer' uma faculdade, constituir uma família - embora nem pensasse em filhos - ter minha casa, jogar futebol com meus companheiros no gramadão, tomar cerveja e falar da vida depois do futebol.
2021 - 38 anos, logo chegarei nos, 40 e a idade declinará.
Paro e me deparo, assustado, com a velocidade da vida.
Sou servidor público numa classe que, aos 23 anos jamais imaginei;
Concluí a faculdade e fui além;
Constituí uma família e, por incrível que pareça, tive filhos e hoje me identifico bastante bastante com a paternidade;
De fato, não sou feliz.
Me entrego ao álcool pra esquecer o quão infeliz o sou.
Vivo preso em dois mundo: em um sou subserviente a um relacionamento abusivo, no outro, sou subserviente a um relacionamento abusivo.
Não tenho amigos com quem possa dividir minhas frustrações ou alegrias.
Não tenho um psicólogo com quem conversar.
Não tenho uma vida pra dizer que é minha.
Não tenho um lar pra dizer que é meu canto de paz.
Vivo doente por dentro, subserviente aos vícios, me afundando lentamente em um abismo que tenho plena ciência que está me engolindo para um terreno cujo resultado eu já conheço.
Todas as semanas eu convivo com pesadelos e neles eu sempre me assusto com aquilo que me tornei.
Eu não me reconheço em mim mesmo.
Não sinto vontade de seguir vivendo, mas sinto, às vezes, vontade de fugir, fugir, fugir... não sei pra onde, mas me deparo entre fugir e tentar salvar parte de mim ou ficar e salvar outra parte de mim.
Sequer
Run, rabbit run Dig that hole, forget the sun And when at last the work is done Don't sit down, it's time to dig another one
Eu posso ouvir.
Eu não posso dormir.
Eu não posso ir pro shoping.
Eu não posso ficar em casa.
Eu não posso tomar um chopp na rua.
Eu não posso sair.
Eu não posso ficar.
Eu não posso estar.
Eu não posso desistir.
Eu não posso escolher.
Aonde quer que eu vá a energia é muito forte e carregada.
Então, me sinto preso a este corpo nojento, desgraçado, fadado a subserviencia do outro, mas que é réu por egoísmo.
Este é um relato interessante retirado da vida de alguém que teve coragem de postar sua históra na rede.
Sou um homem feliz, realizado e sinto apenas pena desta pessoa.
Porém, não trocaria minha vida pela dele, afinal, de contas, ninguém = ningém.
Este é meu grito de socorro.
O incômodo que lhe causo é apenas o ruído da minha alma.
terça-feira, 19 de outubro de 2021
"Era assustador porque, a pessoa que me tirava lágrimas, era a mesma que arrancava sorrisos".
Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre."
Ser interessante, esforçado, inteligente, criativo, engraçado e prestativo só não basta...
Eu não o sou mesmo!
Mas, estou no fim da noite, triste e sozinho no meu quarto, com um vinho barato, uma cartela de prozac, 1/2 KG de queijo coalho, uma lata de azeitonas assistindo O Retrato de Dorian Gray!!!
Há algo de diferente nestes dias que, em muito, me lembram àqueles dias.
A poeira nós cantos, às sombras na janela, o silêncio no quarto e a douda cousa vira e mexe descobre os lençóis daquelas noites claras, frias/quentes, solitárias onde, como um renegado, buscava esquecer quem eu era.
Aquela nuvem diferente, que se esconde no céu, agora me olha, me acenando um até logo.
Na busca por um ouvido, tento conta-la das minhas lamentações, mas ela logo some do esquadro da minha janela.
Que fim - se é que é o fim - o futuro me reservou.
Abestalhado, me questiono: pode ficar pior? Melhor?
Mas, subitamente, meu filho me interrompe, pedindo colo, pois está com o pé dodói.
Logo, esqueço do fantasma no armário, me recomponho e volto a ser "um doutor, padre ou policial, que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social".
Então, acaba a inspiração, o armário fecha e volta o sorriso.
Quando jovens, sonhamos, idealizamos, projetamos e, por mais que nos digam que aquilo não passa de utopia, persistimos sonhando e acreditando na concretização do amanhã...
Meu grande amor tão infinito Olha meu benzinho, eu estou aflito Querem acabar com um amor tão bonito...uhuhu... Ontem alguém telefonou Dizendo que eu tenho um outro amor Não vá nessa história, meu bem acreditar Pois o nosso amor, ninguém pode roubar...ahaha...
Ninguém me rouba de você Ninguém me rouba de você.... Essa inveja vamos superar E vamos amar pro mundo ver....êhhhê...! (2x)