Quando eu era pequeno o lobo era mau,
Tinha olhos, ouvidos, boca, dentes enormes
e o corpo peludo
Na lua cheia virava lobisomem, era lobo,
mas era homem
E surgia toda vez ao som de Mistérios da Meia Noite
Quando eu ia dormir, o lobo me assustava
À noite, parecia ouvi-lo uivar,
Nas sombras querendo me devorar
E, no escuro, no silencia do meu quarto eu
me assustava
Não ia ao banheiro, o lençol manchava e
minha mãe brigava
Mas, toda noite, ao lobo ela assistia na
novela das 8
Mas, eu cresci
Meu pai me ensinou que do lobo
Devo ter outros temores
Pois, o lobo não é bom, o lobo não é meu
O lobo uiva para se comunicar
Não vira lobisomem, pois isso é lenda
Não sai de baixo da cama, pois vive na
floresta
Não vai me devorar, pois
Ataca para se defender
Ou para comer
Ainda bem que eu aprendi, ainda bem que
eu cresci
O lobo da minha infância - versão reduzida
Quando eu era pequeno o lobo era mau
Tinha olhos, boca e dentes enormes
Que iam me devorar
Quando eu ia dormir, no escuro do meu
quarto, eu me assustava
Não ia ao banheiro, o lençol manchava e
minha mãe brigava
Mas, eu cresci e aprendi
Que do lobo devo ter outros temores
Pois, o lobo não é bom, nem é meu
Não vive de baixo da cama, só na
floresta
Não vai me devorar, pois só ataca para
se defender ou para comer
Ainda bem que eu aprendi, ainda bem que
eu cresci