O tempo é injusto, cruel.
Rouba o que temos
de mais precioso,
O que temos de
melhor,
Nos leva a beleza,
a paz, a felicidade!
O tempo é vaidoso,
quer apenas pra si
Não quer dividir,
não quer dar
Apenas quer
receber,
Receber pelo mérito
alheio!
O tempo é injusto,
Isso já foi dito,
Isso já é sabido de
nós
Isso é sentido,
Todos os dias,
Ao nascer do sol,
Ao cair da noite
Tanto pedi ao
tempo:
Sede justo consigo
mesmo?!
Conosco? Comigo?
Contigo? Com o pretérito?
Mas, o tempo levou
e persiste em levar a cada dia
Cada centelha de
esperança que ressurge
O tempo se
encarrega de apagar
De destruir a mais
do que construímos
No fim, somos
escravos do tempo.
Mas, qual o poder
legitima o tempo,
Senão suas próprias
incoerências?
Ainda assim, o
tempo é a favor do tempo
Enquanto isso,
somos meros escravos do tempo,
Privados pelo
tempo,
Cerceados pelo
tempo,
... Meros escravos
do tempo!
Até quando?