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domingo, 14 de outubro de 2012

Limites entre a razão e a loucura na (des)construção do sofrimento psíquico


Não sei ao certo sobre os conflitos psíquicos. Existem situações impostas pelas limitações da nossa mente, na qual lutamos para ameniza-las, sabendo que a cura não é algo provável. Noutras situações, lutamos contra uma disposição em nossa mente, imposta por nós mesmos, para nos proteger em determinada situações. Entretanto, em ambas as situações estamos em conflito com nós mesmos: egotrip. acredito que este tipo de conflito seja necessário para cada ser humano. Mas, deveria ser mais fácil por se tratar de nós mesmos. Entretanto, viramos apenas sombras de nós mesmos, cacos inconexos de uma personalidade oculta, onde a linha entre a  loucura e a sanidade é tênue, muito tênue mesmo. Todo dia sonhamos, temos pesadelos e vivemos as duas faces em nossas ironias vidas. Um turbilhão de sensações, de impressões, que nos aliena do óbvio, da razão e da emoção e nos joga para um nirvana psíquico, onde ninguém, nada ou alguém te ouve, te escuta, te compreende, te entende... te dá razão, ouvidos, um minuto de atenção! Vemos soluções simples em poder de alguém tão próximo a nós, mas nossa loucura causa embaraço, miopia e transforma-a em nosso pior pesadelo: o médico e o monstro! Quem pode te dar é o mesmo que pode te tirar... embaraçoso isso. A falta de um espaço para explodir, para evacuar pensamentos, palavras, duvidas, anseios, medos, pesadelos, sonhos e constructos, nos implode por dentro, nos amarra as entranhas dos nossos maiores temores e num instante estamos com a cara embriagada no espelho do banheiro! Ou ao nosso quieto, monótono espaço de singularidades: nosso quarto, a lanterna dos afogados. Dai entendemos que, o estado de loucura momentânea, as vezes, torna-se necessário nessa construção pessoal. De perdas e ganhos é constituída. Ninguém é substituível, sempre fica a falta que alguém deixou... é medida pelos momentos de felicidade, nossa é feita de faltas, algumas delas faltas inesperadas, imensuráveis... Essas faltas deve ser o alimento para buscar na vida horizontal ou vertical, como bem entender, preencher outros espaços, outras vidas, outras emoções. Não é simples fato de zona de conforto, não se trata disso. Trata-se apenas de reconhecer no outro a importância de ser alguém. Apenas, não pode tornar-se o primeiro gole de um processo de vicissitudes! Que nossa busca, nosso desejo, nossos amigos e inimigos, nossas paixões e amores, nossa família, Deus e nossas atitudes nos digam até onde podemos chegar!

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