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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O palco da vida - Caligula de Odisséia


Estava assistindo a uma peça teatral. Mesmo que pela TV fiquei empolgado com tudo ali, sendo protagonizado ao vivo, sendo criada a base dos improvisos nas cenas perdidas. Poxa, que legal. Tão bom é quando na nossa vida, quando não encontramos uma alternativa de solução prevista, improvisamos com soluções criativas e satisfatórias. Mas, percebi que a mídia criticava o fato do surgimento de muitas situações improvisadas. Pessoalmente, achei o maior barato. Mas, os especialistas não. Fiquei pensando comigo, muitas dessas pessoas serão influenciadas por essa visão crítica e logo mudarão seus conceitos sobre a peça. Poxa, que paradoxo com nossas ironias vidas. Sabe por quê? Por que nem sempre conseguimos reconhecer nas pessoas as virtudes que nos fizeram nos aproximar, sermos conquistados e dividir momentos felizes. No ato dos momentos parece tudo perfeito, mas quando a cortina se fecha, a influência falhas coloca à prova todo o brilhantismo improvisado e criativo. Quantas palavras, gestos e doações fazemos diariamente por projetos que acreditamos que serão pra sempre! Mas, às vezes estes tendem a serem descontinuados. Por quaisquer que sejam os motivos, acredito piamente que, não foi à toa que alimentamos um projeto durante o tempo em que nele estivemos inseridos. Não é a toa que investimos de nós mesmos, que nos inserimos nele e fazemos dele nosso constructo. Não foi a toa que naturalmente se construíram momentos inesquecíveis, risadas gostosas, carícias adocicadas, momentos que nos fizeram sentir seres humanos. O bom seria que, mesmo depois de as cortinas terem sido abaixadas, o respeito e o carinho continuassem, afinal de contas, mesmo tendo representado e preenchido uma pequena fração se comparado a toda uma existência, foram momentos que nos protagonizaram deleite, nos fizeram reviver alegrias jaz perdida, momentos inéditos e embates de superação. Assim é o palco da vida, não precisamos esquecer uma cena, uma peça, tampouco seus protagonistas. Lembrar dos erros na atuação: pra que, se quando no palco estivemos o que nos fizeram felizes foram os momentos perfeitos?

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