Entre Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de
Janeiro
Calígula de Odisséia (03/04/2013, 19:25 P.M)
Sentimento é coisa de gente humana. As
vezes penso eu que não queria eu ser gente humana, pra não chorar, sofrer. Dias
de sol, dias de chuvas, para cada sorriso no rosto, duas lágrimas caídas. É a
vida, é vivida, é renhida, é sofrida.
Tal fato ocorre, pois, por ter amado uma
mulher com todas as forças que um homem pode amar. Talvez eu esteja
exagerando. Na verdade, amei o mais
intenso que eu podia amar uma mulher, excetuando-se amigas e parentas. O amor
que aqui vos apresentam é o amor romântico: meio platônico, meio érus. Sabe-se
lá como se chama este raro amor num mundo pós-moderno, imediatista e casual.
Foi-me prometida uma ação ao tempo em
que prometi dedicação. Não se sabe ao certo por que o céu é azul, porque o mar
é verde/azul. Não se sabe ao certo o tempo exato do nascer de um amor. Certo
mesmo é quando se prende ao seio que nem trovão tremendo símbalos, aglutinando
emoções, despertando sensações outrora perdidas.
Mas, como receitar um remédio pra dor da
partida? Como deixar pra trás aquilo que se ama, estando neste depositadas
todos os vintes de uma vida amorosa dos quais trouxeram alegrias e tristezas?
De fato, o fato é que pior que a dor é a dor da certeza incerta dos amores que
estão se distanciando, se esvairando, espirando-se aos poucos como uma
ampulheta descontrolada. Conquanto corre o tempo mais aperriante é desesperante
tornam-se nossas ações, nossos passos tais quais passos perdidos e soltos, não
lineares a rodear areia movediça que, em maio a tanto desespero, parece-nos
seduzíveis em caso de derrota.
Mais não, não me parece uma ideia
razoável quanto foi da primeira vez em que a perdi em minha vida. Tampouco, me
parece soar racional a ideia de me desfazer de mim mesmo, de mim mesmo nela. Livrar-se
dela seria livrar daquilo que eu construi de mim noutro, minha essência
desfeita e feita nela.
Porém, no momento da tristeza, esta
ideia não me parece absurda, nem razoável. Parece-me como algo compulsivo. Uma
criança chora ao seio da mãe quando quer colo, carinho, leite, afago e afeto.
Depois de grandes ficamos sem grandes opções de como reconquistar aquilo jaz
perdido ou de obter aquilo que tanto queremos.
Mas, fato é de que, hoje, sinto falta da
minha coisa pequena. E nem cabe aqui apologia de que QUANDO PERDEMOS É QUE
DAMOS VALOR AQUILO QUE QUEREMOS. Sempre dei valor, sempre me doei, sempre
zelei. Claro o fato de que as vezes somos egoístas e ainda assim conseguimos
sufocar aquilo que amamos, que queremos.
Aquela dor sufocante ao seio me bate
agora, uma dor de cabeça parece me arrebatar ao lar da minha família, minha
pequena e meu pequeno. Aquela mesma dor que já sentira por ocasião da primeira
perda. Nossa como é ruim a sensação de estar sem a pessoa que amamos, sem saber
se esta pessoa pensa em você, se esta pessoa espera seu regresso, se esta
pessoa sente a necessidade de estar contigo.
Neste momento, paro de escrever para dar
lugar a minha dor.
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