Incrível como, diante do tempestuoso mundo de objetos de valores, nos afastamos de nossa essência, sem perceber o menor desequilíbrio, construindo uma linha muito tênue. Analisando friamente os fatos, percebo que, aos poucos, perdemos os toques pertinentes ao processo de sensibilização. Perdemos a sensibilidade e incorporamos um coração que nos impede de ver, raciocinar e tomar decisões coerentes.
Pelo simples fato de pertencer a espécie homo sapiens, do latim homem sábio, somos dotados de um cérebro com tecidos neurais com pequenas fibras que se ligam unas as outras, podendo ser de forma constante ou inconstante, causando emoções, sensações e o poder de conectar espaços do cérebro.
Ora, sobre isso, para a não demonstração ou uso destas habilidades, penso agora em duas teorias:
1 - No desenvolvimento psicossocial, não evoluímos essas potencialidades. Pode ser pela super proteção dos pais, pelo contexto social no qual o sujeito está inserido, entenda-se como familia, igreja, leis sociais implícitas no cotidiano, ou simplesmente uma adaptação do sujeito ao ambiente.
2 - Ou perdemos esta habilidade ao longo de nossa história política no meio social. Nos moldes atuais da sociedade, somos atacados e perseguidos por todos os lados por medos emblemáticos e que muitas vezes não nos chegam. Mas, convém a nós mesmos nos armarmos contra as investidas dos perigos. Nos municiamos tão bem, que acabamo por perder este conjunto de sensibilidades.
Pela falta de habilidade em tatear e identificar adversidades ou oportunidades usando este sistema, nos perdemos nos nossos sentimentos e evidenciamos isso nas nossas escolhas. Escolhas objetivas, subjetivas, diretas, indiretas, compulsivas, emotivas, racionais, programadas, não programadas. Enfim, aquilo que, por hora, aparenta o menor risco. Mas, como identificar o o grau de risco da situação se, nos cerceamos do processo de sensibilização?
Consigo muito bem identificar este processo, inclusive apontar falhas ou virtudes nele, desde que eu não esteja envolvido afetivamente. Esta afetividade, decerto, me tira o senso.
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