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quinta-feira, 25 de abril de 2024

22/10/2007

 Uma irmã

Uma amiga

Uma mulher

 

Nada mais que nada me possuísse

Nunca aos olhos fitei

Jamais ao seio

Ardil paixão senti

 

Mas, de repente

Do casulo fez-se a borboleta

Da nascente fez-se o rio

E tudo era o que não era mais

 

Eu vi, eis

O despertar de uma virgem,

Seus seios pálidos

Quentes e cuneiformes

 

Vi fantasias

Orgias platônicas,

Ânsias e desejos

 

E aos olhos sorrateiros

Senti tamanho desejo

Minha irmã, amiga

Mulher aos olhos de mostrou

 

Ao corpo da donzela

Curvilíneos desejos senti

Ao colo a tomei

Do seu fruto bebi

Atenuei seu corpo nu

Sobre o leito dos amores profanos

 

Era macio o seio de virgem

Em orgias, sussurramos ardentemente

A liberdade d’amor

Era doce colo de virgem

Eram infantis seus gemidos

Era ardente a paixão viril

Que fortuitos, volvemos noite adentro.

 

Era uma mulher

Era uma amiga

Era minha irmã.

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