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quinta-feira, 25 de abril de 2024

19/11/2007

 Ultima saudade

 

Risonha – na saudade aflora

Febril – o descanso às flores.

 

Andada, vivida

Sinalizada, filtrada a graus.

Da infância na saudade

O ingênuo ao tropeço

Não tem ninguém ao lado.

 

Saudosa, majestosa

Os dois lados do rio que passa

Perene a saudade

 

O que me importa tempos vividos

Verbos ditos

E o que devia ser feito?

 

Tudo é saudade

Na vida – lembranças.

 

E a vida, o que é?

 

Fui menino,

Sou moço,

Serei gasto pelo tempo

Vivendo saudades

Nas ultimas a despedida

Do que era lembrança perdida.

Nos campos perdeu-se em dor

Na ruína desbotou-se a flor.

 

A madre – saudades

Pelo tempo foi extraída

E na dor a lágrima.

 

Pálida saudade

Que ao poeta

Nem se quer deu flores.

 

 

Virgem dos sonhos meus

Saudades e um adeus

Na ultima vida

O fogo me consume

Logo estarei morto.

 

E tudo – agora saudades

É a vida.

Gélida ao poeta à morte

lembranças a morte

Flores ao poeta,

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