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quinta-feira, 25 de abril de 2024

22/10/2007

 Arvoredos do bosque

Sombras da montanha

Silencio da madrugada

E raios e trovões

Que tanto citei

Em meus versos d’enleio

E que minh’alma tanto cantou em liras

 

Deixai-me sentir nos roxos lábios

O frescor dos lábios

Da donzela que tanto amei

 

Deixai-me penetrar-lhe os sonhos,

Anseios e medos,

Deixai-me por ela suspirar

Morrer e prantear a lousa.

 

A lua é dos poetas mãe

O silencio é dos ramos ao vento

A água é da nascente jorra

 

Sonhei tantos sonhos

Tantos amores,

Tantas vidas

E nada me veio.

 

Se babilônia culpada for

Deixai-me então no vale

Dos poetas esquecidos

Que na silencio encontrarei a morte.

 

Se talvez no vale

Meu seio inda forte palpitar

Sem dúvida, será pela flor

Pela donzela

Que nem ao rosto

Encostou-me as mãos fagueiras,

Que jamais palavras bonitas

Ressoou-me aos tímpanos.

 

Deixo na vida saudades

Doces recordações

Do tempo no espaço em que

Ao seio senti ardor

Por uma donzela

Por uma flor.


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